26 março 2009

Hillary falando é coisa de cinema

No México, Hillary Clinton resolveu agradar as autoridades locais e afirmou que os EUA são corresponsáveis pela violência do tráfico. Desde 2007 são quase oito mil mortes envolvidas com drogas e armas contrabandeadas no país.
Um dia antes da visita de Hillary, os EUA lançaram plano de US$ 700 milhões para interceptar imigração, capturar drogas, armas e integrar agências. Uma medida recente é polêmica: jogar veneno nas margens do Rio Grande para conter imigrantes ilegais.
A declaração parece coisa de cinema. Lembrei do "thank you" à recepção mexicana para os norte-americanos retirantes de "O dia depois de amanhã". Ficção das grandes. Já que o mea culpa parece filme, de onde veio a inspiração de Hillary?

"Chamas da vingança": Na Cidade do México, uma onda de sequestros de civis relacionados ao crime organizado é o tema central do drama de John Creasy (Denzel Washington), um ex-agente da CIA manguaceiro e barrigudo.


"O Senhor das Armas": Yuri Orlov (Nicolas Cage) trafica armas, é perseguido e vive uma chicletona crise de ética com a fome e a miséria geradas pelo contrabando que articula. Com o binômio arma-droga e os lugares no mundo conectados pelo tráfico qualquer um acredita ter vizinho com AK-47. E ser o culpado.


"Traffic": O filme de Steven Soderbergh tem de tudo - tira corrupto, agentes da Drug Enforcement Administration (DEA), o cartel de Tijuana, traficante cornão e uma viciadinha americana que transa com outros doidões e torra a grana do papai-juiz-antidrogas.

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