25 novembro 2005

Diogo é um engodo

"Ainda que haja manifestações editoriais firmadas por jornalistas, como era o caso dos artigos de Assis Chateaubriand, fundador e mentor dos Diários dos Associados, cujos artigos traduziam com absoluta fidelidade a linha da "cadeia", a opinião do jornalista profissional a serviço da empresa está presente em todas as edições, seja em colunas opinativas a seu cargo, em páginas ou secções especiais ou em reportagens e correspondência sobre fatos..."(In.: Jornalismo Opinativo, de Luiz Beltrão). Infelizmente, a história do Jornalismo brasileiro, tão bem narrada por Sodré em A História da Imprensa no Brasil, vive o ápice da linguagem escrava da empresa jornalística nas mãos e mente oca do "senhor dos eus, minhas e meus", o patife articulista do nada pelo nada que se auto-exalta pelo nome de Diogo.
Mainardi é um grande exemplo. O exemplo do jornalismo mesquinho e comprometido com fins que passam muito longe do interesse social e da opinião pública. Exemplo de literatura barata que pensa ser o meio impresso jornaístico o subterfúgio para suas asneiras egocêntricas. Um exemplo a não ser seguido, visto que nem mesmo a Linguística e a Semiótica do Texto precisam ser acionadas para que notemos as peculiaridades da má fé em seus pseudo-textos, abrigados semanalmente em conhecida revista de farsa e engano.
Melhor mesmo para Mainardi seria ficar preenchendo a tela da GNT, falando para uma minoria que gosta, e muito, de ouví-lo. Faria, assim, eterna "conexão" entre a high society e seus achismos, na tentativa louca de que Paulo Francis lhe encarne perante as câmeras. Melhor seria, afinal a folha impressa já está ruída por grandes pseudos. Há, tragicamente, torcidas pelo pseudo-tudo e pelo engodo mainardiano. Um engodo que costuma fechar as edições de VEJA e figurar como referência opinativa no país, sob a visível e temerosa pena de alguns crê-lo.