21 dezembro 2008

O ano já acabou

Você pode até desconfiar do calendário cristão, mas ninguém está imune aos planos e reflexões dos últimos dias de dezembro. Ando revisitando memórias, lembrando de dezembro do ano passado, quando dizia que aprendi a rir de mim mesmo. Em 2008 dá para dizer que vivi o ano da hora de crescer, com todas as irregularidades que essa afirmação possa ter. E também com todas as suas consequências (repare que já me livrei do trema).
Sonho muito menos do que antes (o Obama sonha mais), o que não é bom nem ruim. Vou pé no chão, com toda a coragem e a falta dela. Sobram saudades acumuladas - de amigos, momentos, circunstâncias. Para completar, o mundo está em crise, e há muito tempo antes da bolha imobiliária. Há crise em todos e eu sou mais um filho dela. No meio do zunzunzun, tentando entender a macroeconomia da Terra, esqueci de entender a economia da minha vida. Well...
Também bate saudade de sonhar mais, é claro. Já sinto falta até mesmo dos momentos difíceis de 2008, de grande aprendizado. No final das contas, sempre direi que o ano, seja qual for, valeu a pena. Só não consigo saber o desejo do que virá. Não aprendi a fazer planos tão consistentes, pelo menos como deveria. Não desta vez, Bruno.
Fiz 25 anos, cheio de história pra contar, com felizes momentos, até porque ninguém é de ferro. E apesar das lembranças, parece que a saudade é coisa barata na metrópole que come nosso tempo. Sou mais uma metamorfose paulistana, com algumas baldeações acumuladas nas horas de vôo. Vamos ver no que isso vai dar. Dizem que ter dúvidas, eliminar todas as certezas de antes, pode ser sinal de crescimento. Aposto nesta tese, ela é mais bonitinha.
Bom final de ano a todos que me fazem sorrir. Que 2009 seja menos tenebroso do que as previsões - tem gente mais evoluída que já se dedica a isso. Be happy, my friends!