07 julho 2009

Cristiano


"Boa noite. Disse aos meus amigos que tentaria ser natural. Estou feliz por estar aqui. Cumpri meu sonho de criança, que era jogar no Real Madrid."

Foi assim que o jogador objeto da maior transação da história do futebol, Cristiano Ronaldo, cumprimentou a torcida madridista.

Cristiano Ronaldo desperta muitos sentimentos contraditórios. Já vi muita gente dizendo que não passa de um "mascarado" - esse é um comentário realmente engraçado e bem brasileiro. É verdade que o português sempre é lembrado pela constante preocupação em aparecer bem nas câmeras a cada levantar do gramado, ou após algum lance sem maiores sucessos.

Eu não sei se Cristiano Ronaldo é o maior craque do planeta bola, se será lembrado pela posteridade como foram os grandes nomes do futebol. O rapaz joga bem quando quer jogar. Mas não pensei nisso quando vi a sua apresentação ao Real Madrid, este Hopi Hari do futebol. Afinal, quando a grande manchete do dia é Una presentación de 'Record Guinness', algo anda bem errado nos holofotes do futebol.

Os olhos de Cristiano Ronaldo sempre me chamaram a atenção. Não simplesmente os olhos, mas esse olhar titubeante, que só me faz pensar que ali se esconde o menino pobre da Ilha da Madeira.

Preste atenção. Sempre é possivel ver a pobreza da infância naquela olhar. Cristiano Ronaldo poderia ter sido bailarino se não fosse jogador, ele já disse. Fã de Maradona e Figo, ele pode negar tudo em Madri, ou seja lá onde o dinheiro o levar. Ele jamais poderá esconder aquele olhar.

"Vou mostrar que valho o que pagaram por mim", disse Ronaldo, o português, na Espanha.

06 julho 2009

Meu último, pequeno e inofensivo vício

Alguém me perguntou há alguns dias o que tenho escutado. Não há nada que tenha entrado mais no meu ouvido nas últimas duas semanas do que as músicas do Wolfgang Amadeus Phoenix, o último álbum da banda francesa chamada, é claro, Phoenix.


Sei que eles já se apresentaram no Nokia Trends por aqui, mas eu não sou habitué de festivais e tampouco entendido no universo mais recente da música. Só sei que o pop romântico e um pouco deprê da banda - que tem mais méritos do que o vocalista casado com Sofia Coppola - é contagiante. Os gurus da música podem dizer que as canções são boas o suficiente para sempre se ouvir no carro. Bem, eu não tenho carro, mas nem por isso deixo de fazer o Phoenix embalar as horas de trabalho sentado à frente do computador. Elas, as horas, passam voando com eles. E com leveza. Vejam se tenho razões para tanto.