20 novembro 2009
18 novembro 2009
'Is This It', o melhor da década
Final de 2009 e já é de se esperar o aparecimento de listas dedicadas a primeira década deste século. Pois a revista New Musical Express publicou a sua lista dos 100 melhores álbuns da década. Ranking bacana, pena que sem brasileiros (pelo menos entre os 50 primeiros). Neste ponto, prefiro apelar para os 1001 discos para ouvir antes de morrer.
O maior álbum da década na lista da NME ficou por conta de Is This It, o disco de estreia do Strokes no já distante 2001. Eu tinha 17, 18 anos, e Is This It era um disco promissor, coisa rara para a época.
Engraçado lembrar o que falavam dele. "A salvação do rock" foi o mais comum dos comentários. Acho o seguinte: estávamos muito maltratados com o caminho tortuoso e artificial que o rock havia tomado na segunda metade dos anos 90. E Strokes tinha tudo aquilo que o rock jamais deve esquecer no porta-malas, a começar pela rebeldia.
A capa de Is This It mais vendida no mundo vem com a bela foto lateral deste bumbum. Nos EUA, ela foi vetada. Puritanismo bobo, coisa daquela América bushiana O tempo passou e dá para achar que o Strokes nem era tão rebelde e ameaçador como parecia ser. Mas era rock, o que bastou e basta.
Hoje, vou ouvir New York City Cops para homenagear a escolha da NME e recordar a batida sem variação, os cabelos desgrenhados e a cantoria bêbada. Isso tudo parecia tão demodé em 2001 - e era justamente bom.
1. The Strokes - "Is This It"
veja a lista completa aqui
O maior álbum da década na lista da NME ficou por conta de Is This It, o disco de estreia do Strokes no já distante 2001. Eu tinha 17, 18 anos, e Is This It era um disco promissor, coisa rara para a época.
Engraçado lembrar o que falavam dele. "A salvação do rock" foi o mais comum dos comentários. Acho o seguinte: estávamos muito maltratados com o caminho tortuoso e artificial que o rock havia tomado na segunda metade dos anos 90. E Strokes tinha tudo aquilo que o rock jamais deve esquecer no porta-malas, a começar pela rebeldia.
A capa de Is This It mais vendida no mundo vem com a bela foto lateral deste bumbum. Nos EUA, ela foi vetada. Puritanismo bobo, coisa daquela América bushiana O tempo passou e dá para achar que o Strokes nem era tão rebelde e ameaçador como parecia ser. Mas era rock, o que bastou e basta.
Hoje, vou ouvir New York City Cops para homenagear a escolha da NME e recordar a batida sem variação, os cabelos desgrenhados e a cantoria bêbada. Isso tudo parecia tão demodé em 2001 - e era justamente bom.
1. The Strokes - "Is This It"
2. The Libertines - "Up The Bracket"
3. Primal Scream - "Xtrmntr"
4. Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
5. Yeah Yeah Yeahs - "Fever To Tell"
6. PJ Harvey - "Stories From the City, Stories From the Sea"
7. Arcade Fire - "Funeral"
8. Interpol - "Turn On The Bright Lights"
9. The Streets - "Original Pirate Material"
10. Radiohead - "In Rainbows"
veja a lista completa aqui
14 novembro 2009
"Yes, we créu"?
A The Economist de 14 de novembro dedicou 14 páginas ao Brasil. Será que, para a revista, o País finalmente se tornou varonil? Leia O Brasil decola e o que a britânica pensa sobre "a grande história de sucesso da América Latina". Os números melhoraram, mas, às vezes, a cabeça coça. Não sei onde fica, afinal, o Brasil que esses gringos visitam.
13 novembro 2009
40 vezes Allen
Não sou muito de ter ídolo. Mas os anos passam e fica difícil esconder quem admiramos. Dos mais próximos nunca consegui esconder o diretor dos filmes que me fisgam bobamente. Ele, Woody Allen. Hoje acordei atrasado para o trabalho, bem que podia ser sábado. Mas, foi só bater os olhos no Guia da Semana do Estadão para o humor voltar. O CCBB daqui vai dar um presente de natal.
A Elegância de Woody Allen será exibida de 18 de novembro a 13 de dezembro aqui em São Paulo. Uma mostra com 40 filmes produzidos entre 1965 e 2009. Annie Hall (1977) na telona será a cereja do bolo. Pelo menos para mim.
A Elegância de Woody Allen será exibida de 18 de novembro a 13 de dezembro aqui em São Paulo. Uma mostra com 40 filmes produzidos entre 1965 e 2009. Annie Hall (1977) na telona será a cereja do bolo. Pelo menos para mim.
01 novembro 2009
Sempre vale a pena escrever com prazer
O professor e amigo Marcelo Bulhões publicou mais um livro, A ficção nas mídias.
É uma leitura agradável sobre como as diversas formas narrativas sempre estiveram incorporadas a uma ou outra fonte de ficção - até nos mais novos games. Para falar dela, a ficção, Bulhões percorre com habilidade títulos, teoria literária, esquemas e, certamente, tirou da prateleira alguns importantíssimos exemplares impressos e audiovisuais que enchem os seus e tantos outros olhos e ouvidos em todo o mundo. Foi uma delícia ler este livro. Cada página me levava a recordar as suas aulas, inspiradoras. Certamente, escrevê-lo, no ir e vir de ideias, relendo a história do ficcional, ali perdido em sua biblioteca, e em imagens, Bulhões também deve ter tido uma deliciosa experiência.
Em aula, a revelação do seu variado fascínio - de western italiano a quadros de filmes como Os incompreendidos (1959) -, tenho certeza, já fazia parte desta trama toda que deu caldo, virou livro e agora está aí, para todo mundo ler. Tudo fez algum sentido.
E é para tomo mundo ler. Este livro pode inspirar olhares e ajudar no desenvolvimento de muitas pesquisas em que o ficcional midiático se apresenta no meio do caminho. Mas, ele interessa a cada pessoa que, no fone de ouvido, nas telas, em páginas de papel ou virtuais, é capaz de se perder neste jogo alucinante. Você sabe, eu sei: a ficção, sobretudo no audiovisual, provoca em nós o reconhecimento, o estranhamento ou um misto dos dois. Seja como for, ela sempre tira os nossos pés do chão.
É uma leitura agradável sobre como as diversas formas narrativas sempre estiveram incorporadas a uma ou outra fonte de ficção - até nos mais novos games. Para falar dela, a ficção, Bulhões percorre com habilidade títulos, teoria literária, esquemas e, certamente, tirou da prateleira alguns importantíssimos exemplares impressos e audiovisuais que enchem os seus e tantos outros olhos e ouvidos em todo o mundo. Foi uma delícia ler este livro. Cada página me levava a recordar as suas aulas, inspiradoras. Certamente, escrevê-lo, no ir e vir de ideias, relendo a história do ficcional, ali perdido em sua biblioteca, e em imagens, Bulhões também deve ter tido uma deliciosa experiência.
Em aula, a revelação do seu variado fascínio - de western italiano a quadros de filmes como Os incompreendidos (1959) -, tenho certeza, já fazia parte desta trama toda que deu caldo, virou livro e agora está aí, para todo mundo ler. Tudo fez algum sentido.
E é para tomo mundo ler. Este livro pode inspirar olhares e ajudar no desenvolvimento de muitas pesquisas em que o ficcional midiático se apresenta no meio do caminho. Mas, ele interessa a cada pessoa que, no fone de ouvido, nas telas, em páginas de papel ou virtuais, é capaz de se perder neste jogo alucinante. Você sabe, eu sei: a ficção, sobretudo no audiovisual, provoca em nós o reconhecimento, o estranhamento ou um misto dos dois. Seja como for, ela sempre tira os nossos pés do chão.
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