tag:blogger.com,1999:blog-144379012024-03-07T05:22:57.435-03:00MalabaresBruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.comBlogger104125tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-87243269798489541382010-04-24T19:10:00.004-03:002010-04-24T19:27:32.956-03:00O Malabares acabouEste blog não existe mais. Não consigo mais postar, e nem é por falta de tempo. Se tenho algo para indicar, o Twitter está aí para isso. Se quero comentar um acontecimento, falo para quem se interessa. Num bar, de preferência. A questão é: o Malabares se foi.<br /><br />Já vi várias despedidas em blogs, todas com aquele balanço geral e sonolento da sua trajetória. Quero dizer apenas que neste espaço pude receber elogios, críticas e até xingamentos. E também consegui atingir – mal das pernas às vezes, é verdade – algum propósito. Era “malabares”, e também “genéricos”, exatamente porque não tinha um nicho (essa palavra é engraçada), nem limites para assuntos e formatos. Fiz o que quis, deitei e rolei com essa desculpa maravilhosa que era o título do blog. Malandragem pequena. <br /><br />O Malabares durou 5 bons anos. Deu para dizer várias abobrinhas e evitar a exposição da vida pessoal muitas vezes – mas, não pude esconder mente e coração nas ficções e citações. Não sou mágico (ainda!). <br /><br />Por falar em ficção – e no próprio jornalismo –, continuo escrevendo. Os dois, ficção e não-ficção, que no final das contas se parecem muito. Só que escrevo sem postar. Com relação ao texto, posso dizer que passo por um momento bacana: o de escrever em segredo, trabalhando em cada (e por cada) palavra. Um dia elas aparecem por aí, quem sabe...<br /><br />Quero agradecer a você que ainda gasta algum tempo vindo aqui. O que está arquivado, está feito. Como tudo na vida.<br /><br />Um abraço.Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-10204693840558091322010-03-29T15:18:00.003-03:002010-03-29T15:24:52.871-03:00Armando Nogueira (14/1/1927 – 29/3/2010)<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/CtaOekwyB5Q&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/CtaOekwyB5Q&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br /><span style="font-family:arial;color:#333333;">Veja também: </span><span class="entry-content"><span style="COLOR: #3d3b32"><span style="font-family:Calibri;"><a href="http://migre.me/s7vR"><span style="font-family:arial;color:#333333;">A minha não, Armando</span></a> </span></span></span>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-55188011824625712692010-03-22T17:15:00.008-03:002010-03-22T18:26:31.716-03:00Dou um rolêSão encontros e desencontros. Não é o acaso. É um jogar-se consciente – é querer o amor, e é buscar a paz. É o mais legítimo crime. Sem desculpas, baby.<br /><br />A padaria a dois, o bar a dois, a cama a dois, o trem a dois... Aponte onde não se quer assim, a dois? Esqueça uma bandeira: a liberdade não corre pelo ralo se escolhemos ser par. Aceite uma ideia: querer tudo é se matar. O tudo é qualquer coisa grande demais e espaçosa o bastante para uma só pessoa. Ganhar é perder. Mas, perder não é ganhar.<br /><br />Sei, já sei, para se permitir tem que ter boa dose de querer. Mas, se se quer o mundo, não se quer nada. Eu só quero caminho meu. Hoje é assim.<br /><br />Ando com lembrança do que foi amor e até penso no que será, que será. Mas não é isso: quero cair no mundo, bem no fundo, sem dó. Hoje vou ficar rasgado, sem remédio. Não é muito. É caminho meu. Não já disse antes?<br /><br />Acaso? Escolha. Quem corre, morreu. Só vive quem escolhe.<br /><br />Porque cada alma carrega seu tempo e o absurdo dos medos, de modo que o desencontro acontece em um número muito maior do que o encontro - esse milagre, a vida. Veja o mundo.<br /><br />Não escolhi o milgare porque já marquei de cair no mundo.<br /><br />Viva onde for, baby, viva. Sem desculpas. Sorry eu.<br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451566015310551410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 308px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7waRxNpfaMdpMzEZYXpTEb9ku6OsZaDHWzy-o0N8maG2CW04R5ZViobHln3FPi1I-4S2XCcfSKjSiPPfPTaFNjogE70qV61jOft4RdpOUcUMoFvaZ_IZX1FwNP4xvUkaZ-2pl/s400/image.aspx" border="0" /> <p><span style="font-size:85%;"><em>A Pair of Shoes -</em> (</span><a href="http://www.vangoghgallery.com/catalog/Painting/379/Pair-of-Shoes,-A.html"><span style="font-size:85%;">vangoghgallery</span></a><span style="font-size:85%;">)</span></p><p></p><p></p><p><a href="http://www.vangoghgallery.com/catalog/Painting/379/Pair-of-Shoes,-A.html"></a></p><p></p><p></p>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-77932146350137981592010-02-18T16:34:00.008-02:002010-02-22T11:04:45.276-03:00Ponte aéreaO Nick Ellis (<a href="http://twitter.com/Nickellis">@Nickellis</a>) escreveu um <a href="http://www.yahooposts.com/posts/16767.html">texto</a> interessante sobre a superação desse conflito bobo e ingênuo de alguns paulistanos e cariocas. Acho engraçado esse tema surgir (sim, tem mais gente falado sobre isso por aí) logo depois do carnaval. Sintomático, não?<br /><br />Não conheço Nick, que já se definiu como o carioca mais paulistano do mundo. Concordo com seu ponto de vista, sobretudo porque não há nada mais imbecil nessas discussões do que esquecer algo óbvio: o Brasil (e o suor do trabalho dos brasileiros) está muito além dos limites das duas capitais.<br /><br />Fico imaginando se outras partes do mundo também perdem tempo com antológicas picuinhas. E sempre surge o exemplo das megalópoles, como no Japão, que usaram o tamanho e o poder de várias cidades para construir algo ainda maior. Nessas horas, o trem-bala pode até parecer um elemento unificador e apaziguador desse embate tolo que rola por aqui.<br /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439658835053537106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 295px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYRfSEONNCV1qOSOMIyiOeUlLJpmniHBEfUjs-X3IQPkKqLfj9w0zhnYCynsTaMSh_rzWxv0GhIJJUiOaxonk9d57Vo9wOZVZK7gKT6Nd0FA0ugwldHJCVATAzD5xp7d4UQvR3/s400/rio.jpg" border="0" /><br />Tem gente que sempre vai apontar as razões históricas do conflito e outros que vão achar nele um elemento importante do folclore nacional – a ironia que não mata, como aquela do português burro que sempre pisa na bola da inteligência. Na véspera do carnaval deste ano, por exemplo, era notório o número de paulistanos que anunciavam a sua viagem para o Rio e, do outro lado, cariocas que se perguntavam: “o Rio vai ficar cheio de paulistas. Para onde correr?”.<br /><br />Às vezes dou risada do chiste e a nossa literatura está recheada de menções bem-humoradas (outras nostálgicas) à rivalidade São Paulo-Rio de Janeiro. O Nick Ellis encontrou uma mal-humorada <a href="http://blogs.r7.com/andre-forastieri/2010/02/12/carioca-se-acha/">aqui</a>, mas temos bons exemplos por todos os lados. O Marcelo Rubens Paiva foi quem escreveu o melhor texto sobre o assunto, mas jamais vou encontrá-lo de novo.<br /><br /><p>Bem, é evidente que são duas cidades maravilhosas. Para mim, o Rio está guardado para sempre nas memórias infantis, em passagens familiares e surreais por lugares que enchem os olhos de qualquer mortal. Já São Paulo, esta terra que divido com tantos amigos na mesma toada, é a cidade que escolhi para trabalhar e crescer (não necessariamente nessa ordem) e, nisso, ela é uma mama de seios fartos. O que não significa dizer que no Rio e em qualquer outro lugar não há espaço para isso. </p><p></p><p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439660066744312178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikGbO5kDvop8IP7OTwV5TIxfEdDFOvkEVH_km4eJIWYHTmHrUwXJl7JiPt-XQ3by710EqUN_SMXAK3_2xgUj1LVIyDEIi8sem-AqVFEYZnY4E0H8hTrncJdjhtdCDglvo9F159/s400/sampa.jpg" border="0" /><br />A pergunta é: mas o que é, afinal, ser paulistano ou carioca? Certeza mesmo, só o que vemos: duas cidades grandiosas que abrigam (acredite!) uma gente louca da vida para superar problemas e tristezas coletivas. Acho que ser carioca ou ser paulistano é algo mais do que relativo, tão certo quanto o recorde de calor ou a enchente do ano. </p>Como lembrou Nick, Rio e São Paulo são duas belíssimas cidades brasileiras, porque são feitas de (e por) brasileiros – todos da gema e da garoa.Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-47456199308833360672010-02-16T23:07:00.005-02:002010-02-16T23:36:29.812-02:00É preciso cantar e alegrar a cidadeA quarta-feira de cinzas chegou. A data é o primeiro dia do período de 40 dias que antecede a Páscoa, na visão cristã. Teologia à parte, celebra-se o fim do carnaval e tudo aquilo que ele pode representar em tão pouco tempo.<br /><br />Há algum tempo, quarta-feira de cinzas tem sido para mim a deixa para uma das músicas mais lindas desse mundo. Vininha, nosso poetinha, sabia das coisas. <br /><br />Ele não falava de quaresma. Guardava a esperança de ter o melhor do carnaval em todo o ano, por toda a gente. Acreditava que "a tristeza que a gente tem, qualquer dia vai se acabar". <br /><br />Você pode achar que é papo de bêbado. Prefiro saber que Vinícius entendia das coisas. Ele via longe. Tanto faz se você pulou ou dormiu nos últimos quatro dias. Ninguém pode dizer que não ouviu o poeta nos alertar da existência de "tão grandes promessas de luz, tanto amor para amar de que a gente nem sabe".<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JKXHBlQIVZg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/JKXHBlQIVZg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-92018917728509161252010-02-11T18:56:00.005-02:002010-02-11T19:01:09.607-02:00Mascarados, façam festa e amorAmanhã é sexta-feira. E para quem acredita no carnaval, ele já começa. Não existe música mais linda nesse mundinho bobo para começar os dias de Momo do que esta na voz do pierrot Chico e da colombina Elis. Feliz noite dos mascarados para quem (puder) atender ao chamado!<br /><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_e7ah-kyVyE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_e7ah-kyVyE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-67458602800218694742010-01-31T18:14:00.007-02:002010-01-31T18:39:58.396-02:00"O baixo é a terra da mistura"Quem disse que a mistura da Augusta não dava carnaval? Para provar o contrário, está aí, a pleno vapor, o Acadêmicos do Baixo Augusta. <a href="http://twitter.com/BlocoAugusta">O bloco</a> sai domingo (07/02) às 16h da Bela Cintra e toma conta da rua mais quindim de São Paulo. O trajeto será da Sonique até o Studio SP.<br /><br />O <a href="http://blog.estadao.com.br/blog/marcelorubenspaiva/?title=porta_o_que&more=1&c=1&tb=1&pb=1">Marcelo Rubens Paiva será o porta-estandarte</a> e não sabe ainda muito bem o que é isso. Eu também não sei. Acho que o estandarte é isso <a href="http://tweetphoto.com/9991524">aqui</a>. Quem puder ajudar, fique à vontade.<br /><br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 386px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433003215896161762" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2asUzThjPsYQvgx5mPq2tchAb0ZIbNFT20SdSA_scDBVPVQDhhuPfltH91Gq-S5BUnku6UzeD5QdNVFLSsRew0KOqgkcWDXE48fOE2clPfl4LvmGfaRlefvpn91a4fsHh6ffF/s400/Logo_BaixoAugusta_bco.jpg" />O bloco já tem samba. Dá para baixar <a href="https://www.yousendit.com/transfer.php?action=download&ufid=MVNkUXVoZEtveE5MWEE9PQ">aqui</a>. Ai, ai, Augusta...Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-16913164191201094682010-01-21T10:23:00.000-02:002010-01-21T10:24:08.374-02:00Obrigado, Lily<object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pyCWSv6wOS4&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/pyCWSv6wOS4&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-17312480910185999332009-12-28T16:56:00.016-02:002009-12-29T14:51:31.446-02:00Meus prediletos em 2009<div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifvowdqJhxwj1WCT4w36ysBXvanogOSnwwFxZ3doGvbIVz1LchfAMC-WQ54rv8gkRrabZGPOcXZ7ph1lERrAhmC98_sbkfbjCbUQeQInsPXRvdV7xPo_B4QSCV44qy3YaN1p5V/s1600-h/LIVRO.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420700473956405794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 188px; CURSOR: hand; HEIGHT: 295px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifvowdqJhxwj1WCT4w36ysBXvanogOSnwwFxZ3doGvbIVz1LchfAMC-WQ54rv8gkRrabZGPOcXZ7ph1lERrAhmC98_sbkfbjCbUQeQInsPXRvdV7xPo_B4QSCV44qy3YaN1p5V/s400/LIVRO.gif" border="0" /></a>É incrível, mas mesmo em um ano de muita, muita correria, pude ler livros. Não foi “um metro de livros”, como recomenda <a href="http://blogs.lavozdegalicia.es/pacosanchez/">Paco Sánchez</a>, mas um número respeitável de clássicos e bons lançamentos. 2009 me permitiu, enfim, descobrir Borges, Cortázar, Roth e Orwell. Era certo que agradariam. Por isso, melhor do que falar de renomados do passado é destacar o lançamento que mais encheu os meus olhos. Antes que fosse à livraria, o exemplar chegou pelos Correios, presente do querido amigo <a href="http://www.modestocabotino.blogspot.com/">Goiaba</a>, quase um rondoniano a essa altura.<br /><br />Foi um livro que pude ler sem pressa e até reler antes do fim, só para saborear mais a sua prosa envolvente e a narrativa vigorosa. Confesso que mergulhei fundo no labirinto de muros e nas terras gélidas da Rússia contemporânea enquanto saboreava este último romance do escritor e jornalista Bernardo Carvalho, obra do <a href="http://colunistas.ig.com.br/sergiorodrigues/2007/03/20/polmica-expressa/">polêmico</a> projeto Amores Expressos e ainda melhor (na minha modestíssima opinião) do que os já bons Nove noites, Mongolia e O sol se põe em São Paulo.<br /><br /><strong><span style="color:#993300;">O filho da mãe</span></strong> é daqueles livros com começo, meio e fim (acho que entendem o que quero dizer). Ele se fecha. A história de amor e dedicação de mães que sobrevivem para salvar a pele dos filhos da guerra entre Rússia e Chechênia comove porque serve com o pano de fundo para temas muito mais gelados do que São Petersburgo. Das páginas de O filho da mãe emerge <strong>a força do preconceito, do ódio, da homofobia e do desamparo</strong>.<br /><br />Em meio a tantos espinhos, o livro provoca uma <strong>experiência melancólica e triste</strong> no leitor: o romance bate na tecla das coisas que perdemos. Mais: do que já está perdido. Impossível enfrentá-lo sem que nossa mente não se acomode no terreno mais fértil para pensar em como e até quando conviver com o que se perde.<br /><br />Agradeço a Bernardo Carvalho por me fazer experimentar no drama de Ruslan e de seus personagens parceiros uma possível beleza e urgência de vida quando percebemos que nada é mais certo neste mundo do que a chegada, dia que for, <strong>do que sempre esteve perdido</strong>. Tal qual está dito em Amores Perros, na filmagem de Iñarritu, “somos o que perdemos”. </div><br /><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd3I5o__rbTdObcM3a90nUbRAvotgTnlDUcVK6irom7APsc8p3UJ0mC8LvK7D9_Ce4VJMQ7p_j9ow0MznZ0jLkAkP61XlSO_pLtfB5yZJSlRuzdPEJcXpV6NVfQUn9xA1LG-Ba/s1600-h/DISCO.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420700853350231794" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd3I5o__rbTdObcM3a90nUbRAvotgTnlDUcVK6irom7APsc8p3UJ0mC8LvK7D9_Ce4VJMQ7p_j9ow0MznZ0jLkAkP61XlSO_pLtfB5yZJSlRuzdPEJcXpV6NVfQUn9xA1LG-Ba/s400/DISCO.gif" border="0" /></a>Responde a verdade: você esperava um grande trabalho do Otto? Preciso dizer, o pernambucano m<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJFD3MZ3IICUoA9d7TrSn-IxwoSbVc-ALlm4V80yqyABDpxoRdYlSCO9V7o_BLuCCrr9W4i3bwyDvVPQ8_Nxsy4MPzC_DBktjlXLJJdeeT1LcR7B1mqDhB-2e3rDE6IHLG2mhd/s1600-h/DISCO.gif"></a>e fisgou com<span style="color:#993300;"> <strong>Certa manhã acordei de sonhos intranquilos</strong></span>. Aos 49 do segundo tempo, na metade de novembro, resolvi baixar o disco e não acreditei no que ouvia. O sujeito levou um tempão para gravar de novo e fez um baita disco, não dá para negar. Para a turma do amendoim que repetia "ele não tem mais nada de relevante para oferecer", a resposta veio literalmente em bom som. Está guardada aí, em 10 músicas de primeiríssima categoria para <strong>destilar mágoas</strong>. Mais um daqueles <strong>discos originais </strong>e, o melhor, sem cheiro nem cor de ET. </div><div> </div><div>Evidente que se trata de um álbum com forte apelo <a href="http://www.rollingstone.com.br/secoes/mobile/noticias/otto-u2013-dias-nada-tranquilos/">pessoal</a> e <a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091127/not_imp472799,0.php">autoral</a>. Ainda bem, não? E, claro, o nome (inspirado na abertura da Metamorfose de Kafka) indica que o mangueboy mudou.</div><div> </div><div>Existe tanta dor e beleza nas letras, mas também existem parcerias felizes e um <strong>inesperado caminho</strong> próprio das melodias. Quando menos se espera, você está dando uma volta por aí, cantarolando um coral lindo de morrer. Desafio qualquer um com alguma capacidade auditiva a ouvir e não se apaixonar por um par dessas músicas. Ouça <a href="http://www.infinitube.net/certa+manha+acordei+de+sonhos+intranquilos">aqui</a>, meu filho.<br /><br />Para mim, o melhor álbum do ano é do Otto. '<span style="color:#000000;">6 minutos'</span> bateu de jeito,<span style="color:#333333;"> '</span><span style="color:#000000;">Filha'</span> doeu que só, 'Naquela mesa' ganhou versão bamba e 'Agora sim' <strong>encheu o meu coração</strong>. Obrigado, Otto. Que muitos e muitos shows possam coroar este belo trabalho. Coisa finíssima, disco de verdade.<br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheFUBdF-4CU3Pn5i6FMb8kq6dQoAflJ_jhPF2e9BpJEL8xhMvxj_k3ZKr04ve473hX4706zHLvYw2Wi_RhCHW5Z3_X1cH8kc_J2h4V1YGbZfxlTv_AJDmoyGJ-qW5jlKsxU6RH/s1600-h/FILME.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420701203208735298" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 205px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheFUBdF-4CU3Pn5i6FMb8kq6dQoAflJ_jhPF2e9BpJEL8xhMvxj_k3ZKr04ve473hX4706zHLvYw2Wi_RhCHW5Z3_X1cH8kc_J2h4V1YGbZfxlTv_AJDmoyGJ-qW5jlKsxU6RH/s400/FILME.gif" border="0" /></a>Não há muito o que falar sobre o cinema de Tarantino. E eu não vou dissertar sobre a sua estética. E <strong><span style="color:#993300;">Bastardos Inglórios</span></strong><em> </em>é um p#t@ filme. E são histórias infames que colam o telespectador na poltrona. E quem não gostou deste filme-sátira merece arder no fogo do inferno. Ponto. Existem cenas que jamais saíram da minha cabeça. Que Tarantino continue a produzir essas <strong>drogas viciantes</strong>.<br /></div><p>Para mim, Pulp Fiction dificilmente será batido. Trata-se de um filme que eternizou a Mia (Uma Thurman) levando injeção cavalar de adrenalina no coração, miolos estourando e espirrando sangue dentro de um carro ou a mesma Mia acompanhada de Vincent Vega (John Travolta) na lanchonete que vende um misterioso milk shake de 5 dólares.</p><div>Porque lembrar Pulp Fiction? Porque certamente guardarei na mesma gaveta de lembranças cenas como a do excelente coronel nazista Hans Landa (<strong>do genial Christoph Waltz</strong>) a comer gulosamente seu strudel com creme enquanto conversa com Shoshanna Dreyfus (Mélanie Laurent), a judia que viu toda a família ser exterminada pelo próprio Landa. Os dois fazem ainda outras cenas espetaculares, como a que Landa pede para Shoshanna calçar o sapato que serviria como prova para incriminar a pobre garota.<br /><br />Aliás, Hans Landa foi o mais apaixonante vilão do ano. Já Bastardos Inglórios foi o melhor e mais original filme que pude assistir em 2009. Até mesa redonda de futebol na TV parou de falar do Brasileirão para elogiar o filme, que chamaram de um "<strong>gibi filmado</strong>". Quem viu sabe que não estou mentindo. O jornalista mais apaixonado por Tarantino se chama Juca Kfouri. O segundo mais apaixonado é o Fernando Calazans.<br /><br />Obama disse que Lula é o cara. Isso porque ele não conhece nenhum roteiro do Tarantino. Ainda.<br /><br /><br />**************************<br /><br />Amigos sobreviventes, desejo para vocês um feliz 2010, o último ano de uma década muito louca.<br /><br /><br /><br /><br /></div><p></p></div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-22240468434981126872009-11-20T11:39:00.001-02:002009-11-20T11:39:32.064-02:00Música para sexta-feira<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/6AwxjIrGx00&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/6AwxjIrGx00&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-14057866043356571302009-11-18T15:48:00.008-02:002009-11-18T16:19:15.132-02:00'Is This It', o melhor da décadaFinal de 2009 e já é de se esperar o aparecimento de listas dedicadas a primeira década deste século. Pois a revista <a href="http://www.nme.com/home">New Musical Express</a> publicou a sua lista dos 100 melhores álbuns da década. Ranking bacana, pena que sem brasileiros (pelo menos entre os 50 primeiros). Neste ponto, prefiro apelar para os <a href="http://igorfranca.blogspot.com/2008/04/1001-discos-para-ouvir-antes-de-morrer.html">1001 discos para ouvir antes de morrer</a>.<br /><div><br />O maior álbum da década na lista da NME ficou por conta de <strong>Is This It</strong>, o disco de estreia do Strokes no já distante 2001. Eu tinha 17, 18 anos, e Is This It era um disco promissor, coisa rara para a época. </div><div><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405507179540697554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS6t-DSc2EvAGyUAr-mS6Z7wiOsVmYqM3dGjpTYEvzBpJZRedxT-4VJHICFKMtLthdC7dsNRXHelxauza4v2wzyLl7XVgK5eiakuzWH77wVI_GJQ09aRomuHWOaZbz2RyWMEcS/s400/is_this_it1.jpg" border="0" /><br />Engraçado lembrar o que falavam dele. "A salvação do rock" foi o mais comum dos comentários. Acho o seguinte: estávamos muito maltratados com o caminho tortuoso e artificial que o rock havia tomado na segunda metade dos anos 90. E Strokes tinha tudo aquilo que o rock jamais deve esquecer no porta-malas, a começar pela rebeldia.<br /><br />A capa de Is This It mais vendida no mundo vem com a bela foto lateral deste bumbum. Nos EUA, ela foi vetada. Puritanismo bobo, coisa daquela América bushiana O tempo passou e dá para achar que o Strokes nem era tão rebelde e ameaçador como parecia ser. Mas era rock, o que bastou e basta. <div></div><div></div><div><br /><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vhgYg_ktRdE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/vhgYg_ktRdE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /> </div><div><br />Hoje, vou ouvir <strong>New York City Cops</strong> para homenagear a escolha da NME e recordar a batida sem variação, os cabelos desgrenhados e a cantoria bêbada. Isso tudo parecia tão demodé em 2001 - e era justamente bom.</div><div><br /><strong>1</strong>. <span style="color:#990000;"><strong>The Strokes - "Is This It"</strong></span></div><div><strong>2</strong>. The Libertines - "Up The Bracket"</div><div><strong>3</strong>. Primal Scream - "Xtrmntr"</div><div><strong>4</strong>. Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"</div><div><strong>5</strong>. Yeah Yeah Yeahs - "Fever To Tell"</div><div><strong>6</strong>. PJ Harvey - "Stories From the City, Stories From the Sea"</div><div><strong>7</strong>. Arcade Fire - "Funeral"</div><div><strong>8</strong>. Interpol - "Turn On The Bright Lights"</div><div><strong>9</strong>. The Streets - "Original Pirate Material"</div><div><strong>10</strong>. Radiohead - "In Rainbows"</div><div></div><div><br />veja a lista completa <a href="http://www.nme.com/list/the-top-100-greatest-albums-of-the-decade/158049/page/1">aqui</a> </div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-81506910182551678202009-11-14T12:48:00.004-02:002009-11-14T13:44:54.296-02:00"Yes, we créu"?A The Economist de 14 de novembro dedicou 14 páginas ao Brasil. Será que, para a revista, o País finalmente se tornou varonil? Leia <a href="http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=14845197">O Brasil decola</a> e o que a britânica pensa sobre "<a href="http://www.economist.com/specialreports/displaystory.cfm?story_id=14829485">a grande história de sucesso da América Latina</a>". Os números melhoraram, mas, às vezes, a cabeça coça. Não sei onde fica, afinal, o Brasil que esses gringos visitam.<br /><br /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5403974880119601938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 304px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigWeYpuVXXwXH6ppJa4jG_Ae5FIG8I2YnS3Jce_pQwJ49br4q1AxDC6xDfJ7fLrQnCK3OM-bcBDfJ4Xqu8Kh2KyoXVDWngBGzLBbHkzqPcYSSTVnazSP0DSy6tmHMOYEP0s6ge/s400/the+economist.jpg" border="0" />Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-50182419856478987102009-11-13T10:26:00.009-02:002009-11-15T23:23:13.769-02:0040 vezes AllenNão sou muito de ter ídolo. Mas os anos passam e fica difícil esconder quem admiramos. Dos mais próximos nunca consegui esconder o diretor dos filmes que me fisgam bobamente. Ele, Woody Allen. Hoje acordei atrasado para o trabalho, bem que podia ser sábado. Mas, foi só bater os olhos no Guia da Semana do Estadão para o humor voltar. O CCBB daqui vai dar um <a href="http://www.woodyallen.com.br/">presente de natal</a>.<strong> </strong><br /><strong></strong><br /><strong>A Elegância de Woody Allen</strong> será exibida de 18 de novembro a 13 de dezembro aqui em São Paulo. Uma <a href="http://www.woodyallen.com.br/prog/sp/index.html">mostra</a> com <a href="http://www.woodyallen.com.br/prog/sp/prog_sp_filmes.html">40 filmes</a> produzidos entre 1965 e 2009. Annie Hall (1977) na telona será a cereja do bolo. Pelo menos para mim.<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OpIYz8tfGjY&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/OpIYz8tfGjY&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-79314849878943457862009-11-01T23:31:00.013-02:002009-11-20T13:27:08.125-02:00Sempre vale a pena escrever com prazer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtyC7kN5dQHE7d9SAumBWyywsHFaZEP6em0ok1_PSSvZF_VnW2i5-Z7pUZVA1u33vV0g_lUiivAR80hMJAIzfkJFBQbJ9wwPZxXLi9XsuSi_hTlwH5mwDxYsu59NEFpAllY_TK/s1600-h/bulhoes.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399316631528075442" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 116px; CURSOR: hand; HEIGHT: 178px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtyC7kN5dQHE7d9SAumBWyywsHFaZEP6em0ok1_PSSvZF_VnW2i5-Z7pUZVA1u33vV0g_lUiivAR80hMJAIzfkJFBQbJ9wwPZxXLi9XsuSi_hTlwH5mwDxYsu59NEFpAllY_TK/s400/bulhoes.jpg" border="0" /></a>O professor e amigo Marcelo Bulhões publicou mais um livro, <em>A ficção nas mídias</em>.<br /><br />É uma leitura agradável sobre como as diversas formas narrativas sempre estiveram incorporadas a uma ou outra fonte de ficção - até nos mais novos games. Para falar dela, a ficção, Bulhões percorre com habilidade títulos, teoria literária, esquemas e, certamente, tirou da prateleira alguns importantíssimos exemplares impressos e audiovisuais que enchem os seus e tantos outros olhos e ouvidos em todo o mundo. Foi uma delícia ler <a href="http://www.atica.com.br/catalogo/?i=9788508125432">este livro</a>. Cada página me levava a recordar as suas aulas, inspiradoras. Certamente, escrevê-lo, no ir e vir de ideias, relendo a história do ficcional, ali perdido em sua biblioteca, e em imagens, Bulhões também deve ter tido uma deliciosa experiência.<br /><br />Em aula, a revelação do seu variado fascínio - de <em>western</em> italiano a quadros de filmes como <em>Os incompreendidos</em> (1959) -, tenho certeza, já fazia parte desta trama toda que deu caldo, virou livro e agora está aí, para todo mundo ler. Tudo fez algum sentido.<br /><br />E é para tomo mundo ler. Este livro pode inspirar olhares e ajudar no desenvolvimento de muitas pesquisas em que o ficcional midiático se apresenta no meio do caminho. Mas, ele interessa a cada pessoa que, no fone de ouvido, nas telas, em páginas de papel ou virtuais, é capaz de se perder neste jogo alucinante. Você sabe, eu sei: a ficção, sobretudo no audiovisual, provoca em nós o reconhecimento, o estranhamento ou um misto dos dois. Seja como for, ela sempre tira os nossos pés do chão.Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-69994110141365271262009-10-27T17:21:00.005-02:002009-10-27T17:39:34.149-02:00A oposição, por NassifQuero indicar um post do Nassif. Não estou apenas sem tempo, o Nassif escreveu algo interessante. Mais um capítulo do suicídio da oposição no Brasil. Na verdade, nossa oposição, direita ou esquerda, no passado e hoje, nunca foi uma Brastemp.<br /><br />"José Serra assumiu a herança de FHC. Juntos, vieram colunistas políticos e econômicos adeptos da internacionalização, do suposto papel civilizatória dos mercados, do racionalismo vesgo contra qualquer forma de gastos sociais, tendo como tacape um iPod que repetia mantras, slogans e refrões. Jamais conseguiram entender o país como um todo, composto de mercados eficientes, sim, mas também de políticas públicas, políticas sociais, indústria, agricultura, movimentos sociais."<br /><br />Leia o <a href="http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/10/27/a-oposicao-abandonou-o-barco-da-midia/">texto todo </a>aqui.Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-4461224278713253932009-10-04T10:24:00.003-03:002009-10-04T10:34:41.203-03:00Mercedes Sosa nos deixou"Nesta data, na cidade de Buenos Aires, Argentina, temos que informar que a senhora Mercedes Sosa, a maior artista da Música Popular Latino-americana, nos deixou", afirma a nota da sua família. Esta é uma verdade. Alguns artistas não morrem, eles deixam este pequeno mundo para trás e também nos deixam para brigar um pouco mais. <a href="http://www.clarin.com/diario/2009/10/04/um/m-02012095.htm">La Negra se fue</a>.<br /><br />Nos comentários na internet, há um consenso de que alguns artistas jamais morrem. Se estão vivos, no caso de Mercedes, é "para siempre".<br /><br />Essa segunda verdade diz respeito às grandes esperanças porque Mercedes também as deixou como lembrança para qualquer geração. Pelo menos aquelas grandes esperanças que couberam na poesia.</p><p>Mercedes Sosa morreu hoje, aos 74 anos.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WyOJ-A5iv5I&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/WyOJ-A5iv5I&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-90083893729147881322009-08-10T18:41:00.009-03:002009-08-16T23:24:30.920-03:00O desanuviado ar de São Paulo - agora só falta o Tietê...Ah, a <a href="http://www.leiantifumo.sp.gov.br/">Lei Antifumo</a>... Quem é de São Paulo já deve ter visto o Dr. Dráuzio Varela na televisão, dizendo que a lei é uma boa oportunidade para as pessoas pararem de fumar. Como inveterado que já foi, ele deveria saber que isso só pode ser piada para provocar ainda mais a ira dos pobres fumantes despejados no olho da rua.<br /><br />Antes que me crucifiquem, saibam que concordo com a medida. É muito difícil esperar que as pessoas tenham noções avançadas de educação a ponto de evitarem a fumaça em ambientes fechados e coletivos, sem ventilação e escapatória para quem não se arrisca a dar bafuradas e entupir os pulmões. Eu, como fumante, já conheço meu tenebroso destino: enclausurado nos banheiros. Ou na rua. Eu gosto da rua, não tenho problemas com essa nêga.<br /><br />Se bem que alguns estabelecimentos já apontam alternativas. Na sexta-feira, ingressei nas primeiras horas do fantástico mundo do ar limpinho ao som de samba rock, no Bar Camará. Um mezanino à céu aberto era o refúgio dos fumantes. Havia 2 bombeiros na escada. Situação inusitadíssima. Se eu descesse com cigarro aceso eles acionariam um extintor?<br /><br />Até segunda-feira, <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,em-tres-dias-de-lei-antifumo--50-locais-sao-multados-em-sp,416512,0.htm">50 locais já tinham tomado chicote na mulera</a>.<br /><br />Mas nada é mais pitoresco nessa jornada contra o tabaco do que o logo da lei. Eu não sei quem é, mas o marqueteiro criador dessa imagem só pode ser um fumante muito <strong>P*!#</strong> com as manias de bom ar do Serra.<br /><br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 398px; DISPLAY: block; HEIGHT: 390px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368454346895707362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWkCFR6BlqPDB7EkUQn66xr2MawHG6xUGswWTQ6e58cFBC0UtMM7MSqGQwFhH4IcoqyqGWZ-YP1DFdoDAG9QZelISJl9rq2r6ebufeo1bH-w9SbShVfRB-h0xcOsOD66lWKDuW/s400/fu.jpg" />Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-10290432519777631322009-08-10T18:17:00.003-03:002009-08-16T23:25:17.795-03:00Gripe social<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDjFhfg71GkFkLQeV2bUMkq9vldMvbcHDbcu6i1Z1tHX3i-BGnc59Jqu_g239HkRjIOETK6ZLykpk9j-ETHASDPqElMhzF__Inwz51ho6EV-mI5a1bmk0dLrnBVCUi0Eqd8yY/s1600-h/ffff.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 350px; DISPLAY: block; HEIGHT: 307px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368449064024367954" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDjFhfg71GkFkLQeV2bUMkq9vldMvbcHDbcu6i1Z1tHX3i-BGnc59Jqu_g239HkRjIOETK6ZLykpk9j-ETHASDPqElMhzF__Inwz51ho6EV-mI5a1bmk0dLrnBVCUi0Eqd8yY/s400/ffff.jpg" /></a><br /><div></div><br /><div>Senti de perto os efeitos menos colaterais da Gripe A na semana passada. No metrô.<br /><br />Na estação Paraíso, onde todos fazem baldeação, uma mulher muito apática se escorava no ombro do seu namorado, marido, amigo, algo assim. Ao entrar no vagão, sentaram-se perto da janela – ela com orelhas profundas, cara de dor, fraqueza e a máscara cirúrgica.<br /><br />Na época da Virada Cultural, há três meses, vi muita gente com essa máscara na rua, no Largo do Arouche. Era um tanto ridículo a pivetada mascarada e cantando Wando. Parecia fantasia coletiva que todos deveriam ter combinado pela internet ou ter tido a mesma magnânima ideia. Há três meses, a gripe era coisa do México.<br /><br />Mas, no metrô era coisa séria. Tanto que a mulher entrou sem ser percebida, mas, bastou passar duas estações para as pessoas terem todo o tempo do mundo para tirar os olhos do vazio e perceber a mascarada doente.<br /><br />As máscaras devem ser usadas somente por quem está infectado. E isso, hoje, só não sabe quem não quer.<br /><br />Por isso, ou porque pouco desejamos uma morte tão estúpida, as pessoas se afastaram, vociferavam olhares de reprovação. “Como pode essa mulher com a tal gripe aqui, justo no metrô onde estou?”. Nos olhares parecia que nada poderia explicar o fato da mulher não ter um carro para se deslocar ao hospital. Aos poucos, os assentos mais próximos ficaram desocupados. As pessoas se recolhiam.<br /><br />Imaginei uma ficção, o mundo em histeria e tomado pela peste. Pouca coisa mudaria. Todos ainda estariam sobrevivendo no eterno isolar-se. Com gripe ou sem gripe, você também já deve ter visto e feito algo assim.</div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-57331468988082499122009-07-07T04:50:00.008-03:002009-07-14T09:13:05.023-03:00Cristiano<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigkf4bbtFgDfB9ONdvzqglSqYFEaDkXETHAcGK2mIBVtrVH4NJhtC7PfUNDQUNHDxXianHk7zRoWT8Q3QQuuSEryF3zwsNUWtbnlS_CFtqP_rxlNQny9DgsDyNmb9ZRji50ONp/s1600-h/cristiano+ronaldo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 330px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355630626460647298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigkf4bbtFgDfB9ONdvzqglSqYFEaDkXETHAcGK2mIBVtrVH4NJhtC7PfUNDQUNHDxXianHk7zRoWT8Q3QQuuSEryF3zwsNUWtbnlS_CFtqP_rxlNQny9DgsDyNmb9ZRji50ONp/s400/cristiano+ronaldo.jpg" /></a><br />"Boa noite. Disse aos meus amigos que tentaria ser natural. Estou feliz por estar aqui. Cumpri meu sonho de criança, que era jogar no Real Madrid."<br /><br />Foi assim que o jogador objeto da maior transação da história do futebol, Cristiano Ronaldo, cumprimentou a torcida madridista.<br /><br />Cristiano Ronaldo desperta muitos sentimentos contraditórios. Já vi muita gente dizendo que não passa de um "mascarado" - esse é um comentário realmente engraçado e bem brasileiro. É verdade que o português sempre é lembrado pela constante preocupação em aparecer bem nas câmeras a cada levantar do gramado, ou após algum lance sem maiores sucessos.<br /><br />Eu não sei se Cristiano Ronaldo é o maior craque do planeta bola, se será lembrado pela posteridade como foram os grandes nomes do futebol. O rapaz joga bem quando quer jogar. Mas não pensei nisso quando vi a sua apresentação ao Real Madrid, este Hopi Hari do futebol. Afinal, quando a grande manchete do dia é <a href="http://www.marca.com/2009/07/06/futbol/equipos/real_madrid/1246903300.html">Una presentación de 'Record Guinness'</a>, algo anda bem errado nos holofotes do futebol.<br /><br />Os olhos de Cristiano Ronaldo sempre me chamaram a atenção. Não simplesmente os olhos, mas esse olhar titubeante, que só me faz pensar que ali se esconde o menino pobre da Ilha da Madeira.<br /><br />Preste atenção. Sempre é possivel ver a pobreza da infância naquela olhar. Cristiano Ronaldo poderia ter sido bailarino se não fosse jogador, ele já disse. Fã de Maradona e Figo, ele pode negar tudo em Madri, ou seja lá onde o dinheiro o levar. Ele jamais poderá esconder aquele olhar.<br /><br />"Vou mostrar que valho o que pagaram por mim", <a href="http://www.marca.com/2009/07/06/futbol/equipos/real_madrid/1246909016.html">disse Ronaldo</a>, o português, na Espanha. </div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-85486266450477018642009-07-06T09:53:00.006-03:002009-07-06T10:21:12.380-03:00Meu último, pequeno e inofensivo vícioAlguém me perguntou há alguns dias o que tenho escutado. Não há nada que tenha entrado mais no meu ouvido nas últimas duas semanas do que as músicas do Wolfgang Amadeus Phoenix, o <a href="http://blog.estadao.com.br/blog/territorio/?title=o_pop_divertido_e_sofisticado_do_phoenix&more=1&c=1&tb=1&pb=1">último álbum</a> da banda francesa chamada, é claro, Phoenix.<br /><br /><ul><li><a href="http://www.youtube.com/watch?v=IV8ENWz_ldA&feature=related">Escute Wolfgang Amadeus Phoenix e esqueça do noticiário por uma hora</a></li></ul><br />Sei que eles já se apresentaram no Nokia Trends por aqui, mas eu não sou habitué de festivais e tampouco entendido no universo mais recente da música. Só sei que o pop romântico e um pouco deprê da banda - que tem mais méritos do que o vocalista casado com Sofia Coppola - é contagiante. Os gurus da música podem dizer que as canções são boas o suficiente para sempre se ouvir no carro. Bem, eu não tenho carro, mas nem por isso deixo de fazer o Phoenix embalar as horas de trabalho sentado à frente do computador. Elas, as horas, passam voando com eles. E com leveza. Vejam se tenho razões para tanto.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/RrbGpvOulec&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/RrbGpvOulec&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-10440442399305161932009-06-26T11:14:00.006-03:002009-06-26T11:58:03.041-03:00O rei do pop que se foi<div align="justify">Você achava que o piadista Meia Hora já tinha se superado com a história do <a href="http://malabaresgenericos.blogspot.com/2009/03/clodovil-acharia-brega.html">Clodovil virou Purpurina</a>? Então veja a capa do jornal carioca para a morte de Michael Jackson:<br /><br /></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 347px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351640429161224930" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQohNV05g6pO7-pQ4ULLBMgAVPk7PPeh7HjUo36VNRqPkED1zwdlXyKWyOG4GR9QpmEd1UKaGIGdLUMZmcTevZbeJ2po2ocd_HSYtwQ-vaxy7C3X_o48xPqdzGGPg0k3sPzTNc/s400/2.jpg" /><br /><br /><p align="justify">Brincadeiras à parte, o ícone permanecerá. Michael Jackson é a fórmula terminada e maior de um período que jamais se repetirá. </p><p align="justify">O pop, esse estranho ente da vida moderna, não terá, com ou sem a morte do seu rei, a repetição daquelas filas intermináveis para shows e lançamentos, a espera pela face da vez e o mundo paralisado para ver os novos passos de um videoclipe ou os novos assessórios. Pulseiras, chapéus e luvas se transformariam, da noite para o dia, em amuletos vendidos e reproduzidos por toda a parte. </p><ul><li><div align="justify"><a href="http://malabaresgenericos.blogspot.com/2009/04/feira-de-michael.html">Em abril, MJ quase leiloou artigos e relíquias pessoais em Londres</a></div></li><li><div align="justify"><a href="http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,aprenda-a-fazer-o-moonwalk,393508,0.htm">Aprenda a fazer o 'Moonwalk' </a></div></li><li><div align="justify"><a href="http://www.nytimes.com/slideshow/2009/06/26/arts/20090626-JACKSON_index.html">Veja galeria de fotos de MJ</a></div></li></ul><p align="justify">Essa força da indústria só foi possível com poucos. E foi talvez na vida torta de uma criança (que não pôde ou não desejou crescer), a terra fértil onde a música e seu <em>mainstream</em> conseguiram produzir o marco maior. </p><p align="justify">Quando comecei a perceber alguma coisa no mundo, já existiam os truques mais pirotécnicos em videoclipes, aqueles passos cujos pés deslizavam para trás e as imitações de Michael sempre que se falava em pop. Ele já tinha mudado muita coisa nesse mundo. </p><p align="justify">Hoje, com tanta coisa acontecendo e se falando sobre ele, parece que é mais um dia daquela época sem MP3 e redes sociais, quando todos esperavam pelo novo vídeo do astro. Como ele se inclinava daquele jeito quase beijando o chão? </p><p align="justify">A expectativa pelo novo significava ansiedade guardada para conferir a novidade em dança, música, expressão e em indústria. Esse tempo já não existe mais. Não sei se era melhor ou pior. Só sei que não existe.</p><p align="justify"></p><p align="justify"></p><p align="justify"><br /></p><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/mlRinWbiaTU&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/mlRinWbiaTU&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-4754699036222050752009-06-17T04:13:00.010-03:002009-06-17T11:08:34.617-03:00'Ménage à trois' paulistano<span style="font-family:Times New Roman;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg67_TqNJokgAUyBlKCWjqxhFqGvzqKNhFob1CxDBq4HYf_HT_2hqmRef3pFjRiPfsc051raQdgYsPTxl9B7sEZcdruz2ehlpg1gleHRwS2lyc90Y86-QR_CCAPk8T4mSS2_sfm/s1600-h/ffff.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 226px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5348203877540564050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg67_TqNJokgAUyBlKCWjqxhFqGvzqKNhFob1CxDBq4HYf_HT_2hqmRef3pFjRiPfsc051raQdgYsPTxl9B7sEZcdruz2ehlpg1gleHRwS2lyc90Y86-QR_CCAPk8T4mSS2_sfm/s400/ffff.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A noite fria do meio de uma semana de junho acoberta o encontro mais provável na proximidade das grades que separam o estacionamento de dois prédios. Nessa junção de feudos, os porteiros dos edifícios se distraem ao som do celular. O pagode que repete a mesma ladainha em todas as faixas rola solto, afinal tudo indica que a essa hora há pelo menos dois síndicos a roncar. É ele, o pagode, que chama a atenção das mulheres na esquina da Haddock Lobo com a Fernando de Albuquerque. Desde que inventaram de colocar tocadores de MP3 nos telefones, seus autofalantes desenvolvem a galope a potência comparável a das igrejas mais eufóricas e logo tomam conta do silêncio que jamais existiu nos elevadores, ônibus e corredores de São Paulo. Já os encontros nos fundos dos prédios, como esse no perdido da madrugada da região do Baixo Augusta, existem desde que a Augusta é Augusta ou desde que inventaram de construir prédios <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:personname productid="em São Paulo." st="on">em São Paulo.</st1:personname></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><st1:personname productid="em São Paulo." st="on"></st1:personname></span><span style="font-family:arial;">Porque enquanto a molecada bebe e senta nas calçadas imundas antes de chegar a hora do metrô, uma das mulheres da esquina parece desistir da jornada de trabalho e fazer do celular dos porteiros o seu <em>happy hour</em>. “Ô gato, isso aí não toca mais alto?” é o equivalente a “Oi, meninos, como vão?”.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A conversa que seguirá vai render sorrisos sinceros e risadinhas de confidência. A mulher vai contar que estava ficando com um cara que era brochante porque carregava pra cima e pra baixo uma bóia de gordura na cintura. Vai revelar que agora pega um coroa de 54 - que "dá no couro" - e lembrar as proezas da noite da Parada Gay. "Tu viu que teve bomba?". Seus ouvintes atentos oscilarão entre a atenção, o carinho medido e a fala mole. Vão duvidar da eficiência do coroa de 54, perceberão que na esquina já rareiam as outras colegas de trabalho e nem imaginarão que na carteira da companheira de pagode no celular pode haver a foto de duas filhas que dormem.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Na despedida: “Deixa eu ir, preciso pegar homem”. O porteiro mais baixo vai se despedir rápido, mas o de bigode já não oscilará tanto, dando vez só para o chamego, num rasgo de esperança diante da possível futura mulher ou da inimaginável transa sem despesa. “Você vá dormir, baby, descansar esse rostinho, vai”.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ela dá um sorriso para partir. Sobra um "tchauzinho" para os gatos guardadores de prédios e uma dúzia de ilusões. Ela sabe que nenhum deles traz</span><span style="font-family:arial;"> bóias de gordura na cintura, mas quando vira a esquina está vidrada no coroa de 54. Sabe-se que sumiu de vez porque pouco demora para o pagode baixar e a fala mole sumir. “Essa mina é fogo”, fala um. “Ela recebe o cheque e ainda chama de <em>meu amor</em>”, responde o do bigode.<br /><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:Times New Roman;"><em>Ilustração</em>: Laerte</span></div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-56280101842275665382009-05-08T09:39:00.008-03:002009-05-08T10:15:54.930-03:00Por que Oasis?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRgSoYTlvRKZ5ympfTq4xrfcp78k-NF6AuPlersIBMqASRX8tVShiJHNxeD0hP8BnkaMwMcZ2GGrqw-0KYv3cfLxRZKK_Q8QrVaxGHNytujcuDY96gB5dhnc12se8_HU5DpV2c/s1600-h/oasis2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5333437319902001922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 245px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRgSoYTlvRKZ5ympfTq4xrfcp78k-NF6AuPlersIBMqASRX8tVShiJHNxeD0hP8BnkaMwMcZ2GGrqw-0KYv3cfLxRZKK_Q8QrVaxGHNytujcuDY96gB5dhnc12se8_HU5DpV2c/s400/oasis2.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Achava engraçado o jeito de andar de Liam Gallagher. Uma amiga mais experimentada no rock’n roll reconhecia nas mãos cruzadas para trás a marca particular e necessária a todo front man do bom rock. O ano era 96 ou 97. Os entendidos em música falavam de um tal britpop para denominar o som da banda que estreou para preencher a lacuna deixada por Cobain e todos da onda grunge. Perto de Nirvana o quinteto de Manchester tinha um repertório de músicas compridas e cheias de solos elaborados. Quando Be Here Now caiu em minhas mãos, a voz de Liam apenas começava a arranhar e deixar para trás o timbre adolescente da estreia em Definitely Maybe. Não demorou muito para eu admitir maior simpatia pela cantoria do irmão-compositor, Noel Gallagher. Apesar da “descoberta” tardia, o Oasis já era idolatrado em boa parte do mundo; na Inglaterra Wonderwall e Don’t Look Back in Anger eram entoados como hinos britânicos e a mídia especializada, ainda sem o alcance da internet, se preocupava em compará-los com os Beatles. Quando o assunto cessava, era hora de repercutir alguma rixa entre os irmãos ou polemizar as declarações nada modestas dos chapados Gallagher. Não necessariamente nessa ordem. Todo álbum novo recebeu o mesmo tratamento. É assim até hoje.<br /><br />Existe alguma combinação formada por idade, circunstância e uma boa dose de estupidez sincera que nos leva a viver semanas, meses e até anos mágicos em determinada etapa da vida. Para mim, começou a acontecer por volta de 3 anos após cantar Stand By Me pela primeira vez. Ao lado de quatro amigos (com a mesma combinação de inflamáveis motivos) embarquei nas primeiras noites com sabor de cerveja e cheiro de cigarro, de bar em bar, ou do bar para algum esconderijo alternativo e hype (apesar de ninguém saber o que era ser hype na época). Não havia desculpa melhor para se criar naquele tempo. Liam já cantava há uns 5 anos: “I was looking for some action but all I found was cigarettes and alcohol.” Foram as primeiras noites com o carro dos amigos. A cidade não era Manchester, era Fortaleza, mas o calor e a brisa noturna não nos impediam de formar um coro a 100 km/h para gritar “you and I are gonna live forever” mesmo sem ser ouvido. As primeiras transas também me lembram Oasis. Ou Oasis me fazem lembrar delas. No vídeo ou no aparelho de som certamente rolavam Gas Panic e Supersonic. Não, nunca fui um fanático. Como Noel diz, “please don't put your life in the hands of a rock'n roll band who'll throw it all away.”<br /></div><div><br /></div><div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5333436578665527186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 169px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWGHCzfn_mF-iq1fZ_Ch8hVCMUcUsmXG-Ygzb47XM1uMHPnUsOJ_mKB8PbLFnDlj-GxQzKFBBcsGCZ3YQJ-dx4n5l_f_8ZLfAAQnhFByT8d-unjsWatSV7pp8p4RnQ5BIjYGnd/s400/oasis.jpg" border="0" /><br /><br /><div align="justify">Sem querer polemizar, como ainda insistem os jornalistas de música sem inspiração, Oasis foi o meu Beatles. Se melhor ou não, parecido ou cópia, foi o que me coube como trilha sonora nos tais momentos mágicos. As composições de Noel cairiam feito luva nas noites sem rumo. Naqueles anos ou meses, nada mais provável e recomendado do que querer ser uma estrela do rock por uma noite, nem que fosse apenas no coro soluçado e infantil de uma canção que começa com “I live my life in the city/there's no easy way out/the day's moving just too fast for me.” O miolo da noite reservaria viagens temperadas com Champagne Supernova e Magic Pie, tudo para acordar do sábado de frente para o mar, renascido, azedo, sem conversas protocolares e no embalo de Sunday Morning Call. Oasis nos esperava na próxima parada, uma semana depois, para completar o cenário da noite, sempre ela.<br /><br />Todos se espalharam pelo mundo, mas nesta semana conversei com um amigo desse grupo. Ele me desejou um “bom show”. Há mais coisas por trás disso, mas somente nós, as crianças cheias de motivos inflamáveis, saberemos do que se tratam no final. Como em todo MP3 e oportunidade de escutar Liam cada vez mais rouco nos últimos anos, vou berrar bem alto no sábado, na minha segunda oportunidade de ver Oasis ao vivo. Não tem nada a ver com aquela adolescente vibração na frente da tevê, vendo o DVD do antológico show dos Gallagher em Wembley. Mas na mente essa cena certamente estará viva, como todas as outras que eles patrocinaram.<br /></div><div align="justify">Porque não adianta querer discutir o ar blasé, a personalidade poser e as declarações marqueteiras do mainstream. Oasis, apesar de já soar antigo, pode até virar um Eagles que toca para tiozões daqui a algum tempo. Noel já disse que a banda acaba quando Liam ficar careca (o que já está com meio caminho andado). Nada importa. Há poder suficiente nas guitarras em alta e em versos como “talking to the songbird yesterday/flew me to a past not far away/she's a little pilot in my mind/singing songs of love to pass the time.”<br /></div><div align="justify">Na pista e diante do palco, eles serão desculpas mais do que recomendadas para acionar algumas paisagens, gostos e cheiros que ficaram gravadas para sempre em mim como o registro da mais jovem passagem da minha juventude. Vez ou outra, Liam me lembra: “hey! stay young and invincible”.<br /></div><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5333436969044392050" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 253px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXngvIT7TZ9Z4hvoABHIpLE_kcv_aTD3GqrC0W-t0NLQ04oxGYUg4Vz8Cn60y3J6K51vHSr68NyT-Wh2Iz6W8PslGv1DWOSkH41QMUOxY81f5hd3m8TijcZDXd-6NRcdXCBKBa/s400/oasis3.bmp" border="0" /> </div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-76922981736085280612009-05-01T13:17:00.009-03:002009-05-04T23:30:18.499-03:00É 'de grátis' em Sampa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDnHMVxRZ7FmZ07XUSI8fFKj0kGsFYLBnMw9BmPPj7ghgd3GrSOvEqCcPdbezg4LunL55SJTq6NqzmVEYWRpnCgz92fdXXiDlewnefCyu7J0MpcHcPHJw1RgxolJGouysUFPW9/s1600-h/bbbbb.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5330905934844509410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDnHMVxRZ7FmZ07XUSI8fFKj0kGsFYLBnMw9BmPPj7ghgd3GrSOvEqCcPdbezg4LunL55SJTq6NqzmVEYWRpnCgz92fdXXiDlewnefCyu7J0MpcHcPHJw1RgxolJGouysUFPW9/s400/bbbbb.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">São Paulo não é um cidade barata, mas sempre há opções quando a grana está curta. Todo dia vejo gente reclamando da dureza no bolso, eu também faço o mesmo, apesar de saber que por aí, nas esquinas e becos do Centro, é possível "se virar" muito bem.<br /></div><div align="justify">A Virada Cultural que acontece no fim de semana é só um exemplo, um marco do lazer na faixa. Não é todo dia que 4 milhões de pessoas saem à rua sem nóias e sem gastar para ouvir música, e das boas.<br /></div><div align="justify">No ano passado <a href="http://malabaresgenericos.blogspot.com/2008/04/virei-de-sbado-para-domingo-cidade-o.html">me diverti e me aborreci</a> com a Virada. Não sei ainda se vou me enfiar no Centro na madrugada de sábado.<br /></div><div align="justify">O que a Virada tem a ver com toda essa conversa mole? Não estamos acostumados à gratuidade cultural. Sabe aquela conversa pateta 'o que é de graça está estragado ou não é tão bom assim'? Isso acontece no supermercado, na feira, na viagem, no cinema e no bar. Uma idiotice só.<br /></div><div align="justify">Descobri há uma hora o blog <a href="http://saopauloegratis.wordpress.com/">São Paulo é Grátis</a>, que promete "programação gratuita ou de baixo custo na cidade de São Paulo". </div><div align="justify">Você, morador de São Paulo, deve saber que o clássico dos guias da gratuidade cultural paulistana é o <a href="http://catracalivre.uol.com.br/">Catraca Livre</a>, mas, se procurar, é fácil achar mais coisa do tipo. Se fico pensando em quem não tem nem acesso à Internet? Sim, penso, mas ainda não sei como divulgar o evento para este público. Solução boa seria entender que a cidade é muito maior do que a região central e começar a levar eventos para a periferia. Mas, sem aquela história de fazer o morador da Zona Leste ficar por lá para não causar confusão na cidade. Isso é o mais nojento pensamento de segregação. Na própria Virada de 2007 teve gente com esse desejo íntimo depois do <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u135031.shtml">quebra-quebra na Sé</a>.<br /></div><div align="justify">Fico pensando nas cidades pequenas do interior, com suas carências de programação cultural, como postou o <a href="http://vitaminab.blogspot.com/2009/05/toque-de-recolher-aborrecente.html">Vitamina B</a>. A Paulicéia, ultrapassadas as datas no calendário como a Virada, esquece do Centro, esquece de ocupar alguns espaços, esquece de fazer valer a absurda concentração de arte de graça que os "verdadeiros" artistas encenam para meia dúzia de espectadores. Todos os dias. </div>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14437901.post-26745000503042736332009-04-23T04:45:00.014-03:002009-04-23T09:16:04.017-03:00De cabeça<div align="justify">Há algum tempo não estou na Universidade. Pretendo retornar. Quem sabe um mestrado? Não tenho previsões.<br /><br />No programa Invenção do Contemporâneo desta manhã, na TV Cultura, ouvi o sociólogo Bernardo Sorj falar de um tema picante feito chilli: O Mal Estar Metropolitano. O papel da Universidade foi o que mais ficou na cabecinha.<br /><br />O indivíduo está confuso diante da falta de referências? O moderno sistema de troca de informações cerca e pressiona as pessoas? O individualismo cresceu? A tecnologia virou o motor das relações sociais? </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">Se você assinalou como verdadeiras "todas as alternativas anteriores", sabe que não é difícil concordar com tudo isso. Uma meia dúzia de livros já ajuda. Ou não.<br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327813897072075970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 343px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWmrQaffeh1p4y_zlNJr1guexQPgdjiUcWv3QXoT3L88jJR_r6Gzjxx_3XRDqtMytd6xU1cTkD03uSAJGtIbY0iLHTUDAdjgTzUw-pF6ufESOL84IdUrCIt9TVyIe_I14JPzF/s400/gorila.bmp" border="0" /> <p align="justify"><br />Sorj concorda comigo e eu concordo com Sorj. Essas coisas satânicas, palavras diabinhas como "consumismo" não podem ser tratadas pelos intelectuais como uma monstruosidade, um troço a ser pisoteado sem maiores preocupações e comprometimentos. "Porque o pobre precisa se matar para comprar um celular? Porque ele precisa trabalhar e para trabalhar se exige que seja localizado", disse Sorj.<br /><br />A tecnologia está no meio de tudo o que fazemos. Da diálise no hospital ao simples acerto do horário do futebol com os amigos. Mas tecnologia custa dinheiro.<br /><br />O consumir tecnológico não é um bicho-papão somente. Ele acorda todo dia, dá "bom dia" e "boa noite" (às vezes!). Ele é o chiclete que nos une ou separa na sociabilidade mais atual.<br /><br />Quando boa parte dos oráculos dos templos do saber vão perceber que há uma abismo entre as ilhas acadêmicas e o resto do mundo? Sei que são vários, mas também não é um só o mundo em que a tecnologia é comprada e comparada por yuppies e catedráticos?<br /><br />Eu sei que não é simples. Eu sei que não são todos. Eu sei que este é um post pires com pretensões faraônicas.<br /><br />Cá, da minha ignorância e mundanice, viajei com um consumo: a Universidade comendo um pouco mais das ruas; e as ruas dando uma mordida com gosto na Universidade.<br /><br />Mas, vou embora, deixo de bobagem. Caetano diz: "Eu canto com o mundo que roda (...), mesmo que eu não cante agora". </p><p align="justify"><br /></p>Bruno Espinozahttp://www.blogger.com/profile/03765286872267855654noreply@blogger.com5