13 agosto 2008

Mandarim e caipirinha

Se fosse no Brasil, as dezenas de assentos vazios nas arenas olímpicas teriam sentido: aqui os cambistas reinam. Mas, a Olimpíada é do outro lado do mundo, e eu não sei se há esta ocupação profissional por lá. Apesar disso, o que se tentou fazer para impedir os clarões nas arquibancadas de esportes como judô, badminton e pólo aquático não é coisa de outro planeta. As autoridades chinesas lançaram mão do remendo, da gambiarra, do tal jeitinho que tanto nos orgulha (?). “Batalhões de torcida” (ainda bem que são “de torcida”), formados por voluntários com aquele mesmo agasalho azul oficial ocupam os lugares vagos para “melhorar a atmosfera”, torcendo por todos os competidores. Quanta cordialidade!

Até na festa do místico dia 8/8/2008 houve vazios na platéia. Mas o maior remendo, para quem não sabe, foi vocal. A pequena Lin Miaoke, de 9 anos e chamada de ‘anjo sorridente’ pelos chineses, aquela que o mundo inteiro viu interpretar Ode à Pátria, não cantou. Sim, ela dublou. Tudo bem, playback não é novidade. O problema é que ela jamais cantou. O diretor musical da cerimônia, Chang Oigang, revelou que a voz na festa era de Yang Peiyi, de 7 anos. A razão? Yang não era “bonita o bastante para se apresentar em público”. O que causaria dó e cartas penosas ao Mais Você por aqui, na China foi diferente. Chang disse que era preciso “colocar os interesses do país em primeiro lugar” e Yang afirmou que não se arrependia, feliz por “participar” da cerimônia.


Não é só isso. Wang Wei, vice-presidente dos Jogos de Pequim abriu a boca: nem todos os fogos de artifício foram reais, alguns foram imagens em 3D produzidas anteriormente no computador para se ter “efeito teatral”.

Doha que se dane. Os chineses conhecem e adotam o jeitinho tupiniquim e o Brasil já foi apresentado há tempos a todo tipo de bugigangas falsetas made in China. Para o progresso de tanto entendimento avançado, o “maior contrabandista do Brasil”, Law Kin Chong, bem que podia fazer às vezes da “maior furada da diplomacia brasileira”, o chanceler Celso Amorim. Coisa da China!

2 comentários:

Alberto disse...

Cada qual com seu "jeitinho", as remendas vão aumentando.

Willians disse...

cara, primo, eu to quase apoioando a ideia de que deveriamos deixar esses chineses e mulçumanos isolados de todo o resto, sim tenhom meus monentos de direita extremista, a falta de liberdade de imprensa a sacanagem com os animais e com a mulheres nem si fala, meu to de saco cehio de planeta, analizes sociopoliticas so alimenta minha força e conclusão, eu quero é sinuca e buteco, o resto que se foda quero ir pra outro planeta um mais lainhado , quero i pra la ser proteiro d predio bjo me liga, to postando no carta quente tb