suspensão da greve de estudantes (312 favoráveis; 174 contrários e 34 abstenções)
suspensão da greve de funcionários (por contraste)
suspensão da greve de professores (por unanimidade)
suspensão da greve de funcionários (por contraste)
suspensão da greve de professores (por unanimidade)
Hoje, saímos da greve. Mas, é claro, com as particularidades que só a cidade dos buracos proporciona. As três categorias (servidores, professores e estudantes) votaram pela suspensão da greve, em voto por segmento, durante a Assembléia Unificada de hoje à tarde (26/06), no Guilhermão. Houve outras deliberações:
-Criação de um Fórum de todos os campi da Unesp, a ser sediado em Bauru (data ainda será definida);
-Convocação de uma audiência pública com os três diretores das faculdades do campus de Bauru;
-Convocação de uma audiência pública com o reitor Marcos Macari em Bauru, para que ele discuta a nossa pauta de reivindicações;
-Realização de um flash-mob nas principais ruas de Bauru na terça-feira, dia 03 de julho;
-A reposição de aulas foi aceita por funcionários e professores;
-A data para volta às atividades normais: segunda-feira, dia 02 de julho.
-Convocação de uma audiência pública com os três diretores das faculdades do campus de Bauru;
-Convocação de uma audiência pública com o reitor Marcos Macari em Bauru, para que ele discuta a nossa pauta de reivindicações;
-Realização de um flash-mob nas principais ruas de Bauru na terça-feira, dia 03 de julho;
-A reposição de aulas foi aceita por funcionários e professores;
-A data para volta às atividades normais: segunda-feira, dia 02 de julho.
Sim, é isso mesmo. A greve acabou hoje, dia 26, e as aulas, para assobios frenéticos da FEB (Faculdade de Engenharia de Bauru), só voltarão dia 2 de julho. Algo errado, né, cara pálida? Seguinte: a FEB quer fim de greve e um tempinho para festinha! Não entenderam? Hoje a greve acabou, eu votei pela continuidade da greve, mas ela acabou, pronto! Certo? Não.
Entre a FAAC (Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação), teve muita gente que votou contra a greve, outros a favor, além de algumas abstenções. A FEB, é claro, votou contra a greve, na sua maioria. Daí teve votação pela volta às aulas. A FAAC, inclusive quem era pró-greve, entendeu que a greve havia acabado e votou pela volta às aulas na quinta (28/06), e não quarta (27/06), para dar chance para quem não está em Bauru voltar sem transtornos. E a FEB? Adivinha? Tchan-tchan-tchan-tchan-tchan! Sim, votou maciçamente pela volta na segunda-feira (2/7). Ou seja, a FEB passou o mês inteirinho atacando a greve, utilizando os argumentos mais "coesos", aqueles bem bestiais mesmo, os do tipo "ah, faac é vagabundo, baderneiro, faz greve porque não quer ter aula". Pois bem, a greve acabou e, devido ao voto em peso da FEB, as aulas voltam na segunda-feira, e não na quinta. Duas perguntas engasgadas: era para greve acabar ou não? Ou, então: quem é vagabundo que não quer ter aula? A escolha por segunda-feira tem uma só explicação: molecagem. Por favor, o que se passa, ou o que não se passa, na cabeça da engenharia de Bauru? Sim, a engenharia do pensamento umbilical!
A greve acabou. É fato. Mas, a opção pela volta às aulas só na segunda-feira é triste, medonha e nojenta. Olha que "engraçado"! Muita gente argumentava, ainda ontem, na Assembléia Estudantil, que seria razoável que os estudantes acompanhassem a saída dos professores, porque a greve docente está decaindo no estado, porque haverá novas lutas esse ano, porque "o bicho ainda vai pegar mais embaixo e vai ter professor sentando na graxa com o Serrinha, o Canalha" e porque uma greve estudantil seria impraticável neste momento, pois as aulas seriam dadas e a greve estudantil existiria apenas por "status" de greve. E, o que aconteceu? Em assembléia saímos juntos, todas as categorias, da greve. Tudo certo, tudo bem-bem. Saímos da greve, mas aula só na segunda, rapaz! Ou seja, não temos o tal "status" de greve, mas nos comportamos como se estivéssemos em greve: sem aulas. Obrigado pela incoerência das amebas que residem nas cabecinhas da FEB! Se quiserem explicar à sociedade, fiquem à vontade, convoquem a bateria, quiçá.
Ninguém questiona a saída da greve. O que se questiona é: A FEB, na sua maioria, queria mesmo o fim da greve? A FEB queria mesmo aula? Porque terminar com a greve, nesta altura, e determinar que as aulas voltarão daqui há uma semana apenas? Enquanto vota-se pelo fim da greve, a FEB vota por segunda-feira. Ou seja, obriga as três categorias a paralisia por uma semana, consumindo o dinheiro público, enquanto garante uns dias de "férias". Devem ir para uma micareta da vida, discutir os decretos d'o Canalha entre um gole e outro de óleo de peroba. Ou vão dormir o "sono dos justos" e pensar: "nóis é foda, papai nem imagina!".
Saí tranquilo quanto a greve, e até acho estratégico reunir forças para os próximos confrontos entre Serra e Ensino Público. Achei que a convocação das audiências são perfeitas. Mas, quanto ao voto pela volta às atividades na segunda-feira, fincada pela FEB, só tenho uma certeza: Se essa greve começou com a máxima GREVE NÃO É FÉRIAS, os "sócios do clubinho febiano" trataram de garantir FÉRIAS SEM GREVE. Isso mostra o quanto eles estão preocupados com a Universidade Pública e, imagino, devem ter agradado aos papais e mamães que vão fazer "óóó" quando a bomba da privatização estourar. A bunda na graxa, já dizia o Dino, logo sentirão os professores (inclusive os fura-greves, os "educadores" dos pimpolhos da FEB!).
Aos coerentes, parabéns, parabéns e, para não deixar de dizer, parabéns! Aos escrotos, descansem! Sem paz!,
PS.: Haverá ato contra a ação policial em Araraquara. Mais informações em GREVE NÃO É FÉRIAS. Como disse o ilustre Dino, outra vez, "na história da Universidade no Ocidente, não teve rei, tirano e papa que pisou na Academia. Não há problemas em policial na Universidade. Eles podem entrar. É só fazer e passar no vestibular. Serão bem-vindos!".