Como eu dizia anteriormente: a tevê. Ah, a tevê. Que coisa, não? Curioso perceber como nossos homens e mulheres da classe média limpinha se ajeitam nas suas poltronas ao fim do dia. Como caçam o controle remoto e acionam estas “caixas das mentiras verdadeiras”. Na sua grande maioria com engrenagens nipônicas, design alemão e telas norte-americanas. Um verdadeiro artefato globalizado!
E os homens e mulheres supramencionados assistem, portanto, às baboseiras de sempre e vêem um Bush em Washington, um Bento XVI no Vaticano e as terras longínquas que mais parecem “infernos na Terra”. Por fim, se entopem com o circo das ilusões.
Estes homens, sonolentos, vão para cama acreditando que irão dormir o sono dos justos, depois de tanta correria no “paraíso” capitalista contemporâneo. Mas alguns deitarão desacreditando ainda mais na liberdade – afinal os valores são relativos, não é mesmo? Entenderão também, estes da “turma da descrença”, que aquela velha história de que “toda forma de amor é válida” era balela. A cartada maior será um outdoor da Coca-Cola nos metrôs e pontos de ônibus com as inscrições: “viva o que é bom”. Mas ninguém mais sabe o que é bom.
Ainda sobre nossos homens e mulheres, vale lembrar que não entenderão muito além do que lhes é permitido entender. Os dias passarão e entender requer pensar. E como pensar demanda tempo, o tempo é sagrado para a espiritualidade da pós-modernidade. O tempo, todo ele, é dinheiro.
Alguns destes seres terão filhos. Outros recordarão algumas linhas das “Memórias póstumas de Brás Cubas” e afins. Os que se recordarão não irão perpetuar o tal do “legado da nossa miséria”. Já os esquecidos irão sofrer ao garantir a sobrevivência da espécie tentando construir pedagogias lineares em tempos de leituras nodais e cibernéticas.
Mas todos terão, talvez, apenas a sensação de que o quadro de troféus e louros do século XX não foi devorado por cupins, era simplesmente farsa. A ilusão da conquista será, enfim, a única “moral da história” na hora de acordar. Pela manhã só restará a satisfação fugaz de que assistiram a peças diárias nos teatros sem pagar um tostão sequer. A ilusão do sim se prolongará por todo o sempre até o fim. E olha que muitos dizem já ter visto o tal do fim, e ele não era no cinema não.
E os homens e mulheres supramencionados assistem, portanto, às baboseiras de sempre e vêem um Bush em Washington, um Bento XVI no Vaticano e as terras longínquas que mais parecem “infernos na Terra”. Por fim, se entopem com o circo das ilusões.
Estes homens, sonolentos, vão para cama acreditando que irão dormir o sono dos justos, depois de tanta correria no “paraíso” capitalista contemporâneo. Mas alguns deitarão desacreditando ainda mais na liberdade – afinal os valores são relativos, não é mesmo? Entenderão também, estes da “turma da descrença”, que aquela velha história de que “toda forma de amor é válida” era balela. A cartada maior será um outdoor da Coca-Cola nos metrôs e pontos de ônibus com as inscrições: “viva o que é bom”. Mas ninguém mais sabe o que é bom.
Ainda sobre nossos homens e mulheres, vale lembrar que não entenderão muito além do que lhes é permitido entender. Os dias passarão e entender requer pensar. E como pensar demanda tempo, o tempo é sagrado para a espiritualidade da pós-modernidade. O tempo, todo ele, é dinheiro.
Alguns destes seres terão filhos. Outros recordarão algumas linhas das “Memórias póstumas de Brás Cubas” e afins. Os que se recordarão não irão perpetuar o tal do “legado da nossa miséria”. Já os esquecidos irão sofrer ao garantir a sobrevivência da espécie tentando construir pedagogias lineares em tempos de leituras nodais e cibernéticas.
Mas todos terão, talvez, apenas a sensação de que o quadro de troféus e louros do século XX não foi devorado por cupins, era simplesmente farsa. A ilusão da conquista será, enfim, a única “moral da história” na hora de acordar. Pela manhã só restará a satisfação fugaz de que assistiram a peças diárias nos teatros sem pagar um tostão sequer. A ilusão do sim se prolongará por todo o sempre até o fim. E olha que muitos dizem já ter visto o tal do fim, e ele não era no cinema não.