18 julho 2005

Voa Jorge, voa Lula e voam maletas!

Está cada vez mais difícil ligar a tevê e não ver "noticiada" alguma nova declaração sobre mensalão, correios, Delúbios, Valérios, maletas(essas maletas, hein?), dívida do PT, etc. Nunca vi falarem tanta coisa, tanta CPI, tanta especulação política. Nem na época dos escândalos que levaram aquele alagoano a sair correndo de helicóptero de Brasília havia tanto disse-não-me-disse. O Collor, lembram? Se lembram, ainda bem. Se não, é assim mesmo. Nossa memória é tão curtinha que só nos resta falar do novo técnico do Palmeiras ou se o Robinho vai ou não vai para Madrid.
Eu gosto de futebol também, é claro. Que mal há em acompanhar este esporte tão nosso, não é mesmo? Mas eu gostaria mesmo era que o país tivesse um meio-de-campo mais eficiente na administração pública, uma retaguarda mais defensiva contra o capital estrangeiro e um ataque mais operante em busca de melhores benefícios comerciais. Nossa, tô parecendo o presidente Lula num palanque - ops! num pronunciamento à Nação - usando sem mágoas o nosso tão querido e vasto vocabulário tupiniquim de jargões futebolísticos. Mas eu não sou ele não. E ainda não sei se dizer isto é vantagem ou se me gera alívio.
É, minha gente, penso nisso e assim mesmo. Está muito cedo para dizer, apontar, falar seja lá o que for. E se é para começar a varrer a sujeira que está debaixo do tapete, é bom que varram não apenas as bordas, mas o centro também. Os anos anteriores à gestão atual para ser mais claro.
Agora é hora de espera. De ligar a tevê e torcer o nariz até para a cara de profissional competente do William Bonner e da Fátima Bernardes. Aliás, será que a Fátima está torcendo o nariz com tamanho empenho para o caso Daslu? Dúvida cruel. A verdade é que fiquei impressionado com as imagens "exclusivas" que a Globo conseguiu da ação da Polícia Federal. Quanta agilidade, não?
Bom, já ia me esquecendo do que falava. Ah, do novo "Lulinha Inferno e Dor". Pois é, meus queridos, muita calma nessa hora. Calma porque eu vou é ouvir um som gostoso do Jorge Ben. Aliás, nem vejo show dele por aqui. Deve estar na França, assim como o nosso presidente-star-internacional. É o ano do Brasil lá na terra da Sorbonne, né? Salve Jorge! Vai ganhar o seu porque você é filho de Deus também. Jorge Ben e outros artistas que estão no velho continente, fazendo a música brasileira ecoar por lá. Muito bom. Ano do Brasil na França! Bonito, não? Pena que não seja o ano do Brasil no Brasil.

3 comentários:

Alan de Faria disse...

e quando será o ano do Brasil no Brasil? Espero que não demore muito... que não seja somente no futuro (que nunca chega!).
é triste (para não dizer revoltante) todas essas infos... o pior é a cara de pau de Delúbios, Dirceus e Valérios da vida... ao mesmo tempo, vamos com calma... talvez, o grande número de CPIs tem seu lado bom... estamos investigando tudo! O que temos que rezar é para que não comemos pizza no final... vamos boicotar as pizzas!!!!
ah, eu amo a Helô Helena... cheguei a essa conclusão!

até mais
se cuida!

Anônimo disse...

Então meu caro e nobre colega de profissão: as coisas são o que são, vamos caetanear para concentrar as forças para um "Dia" de Chico...

m. disse...

de 40 pessoas da nossa sala, você está entre os 20 que sabem o que fazem... meu, você tem que sair da facul, Bruno! Você já É jornalista... olha esse texto...

E por falar em Brasil, a decepção grita cada vez mais... pra mim, acabaram-se as esperanças... o homem é corrompido por si próprio, não depende de partido pra isso... muito triste...

A propósito... não nevou em Gramado... mas teve geada...

Saudades!
Beijos!
;)

Mari