29 março 2010

22 março 2010

Dou um rolê

São encontros e desencontros. Não é o acaso. É um jogar-se consciente – é querer o amor, e é buscar a paz. É o mais legítimo crime. Sem desculpas, baby.

A padaria a dois, o bar a dois, a cama a dois, o trem a dois... Aponte onde não se quer assim, a dois? Esqueça uma bandeira: a liberdade não corre pelo ralo se escolhemos ser par. Aceite uma ideia: querer tudo é se matar. O tudo é qualquer coisa grande demais e espaçosa o bastante para uma só pessoa. Ganhar é perder. Mas, perder não é ganhar.

Sei, já sei, para se permitir tem que ter boa dose de querer. Mas, se se quer o mundo, não se quer nada. Eu só quero caminho meu. Hoje é assim.

Ando com lembrança do que foi amor e até penso no que será, que será. Mas não é isso: quero cair no mundo, bem no fundo, sem dó. Hoje vou ficar rasgado, sem remédio. Não é muito. É caminho meu. Não já disse antes?

Acaso? Escolha. Quem corre, morreu. Só vive quem escolhe.

Porque cada alma carrega seu tempo e o absurdo dos medos, de modo que o desencontro acontece em um número muito maior do que o encontro - esse milagre, a vida. Veja o mundo.

Não escolhi o milgare porque já marquei de cair no mundo.

Viva onde for, baby, viva. Sem desculpas. Sorry eu.


A Pair of Shoes - (vangoghgallery)