A Somália, ex-colônia italiana e britânica, voltou aos jornais. Mais especificamente os somalis, que correspondem a 85% da população do país no Chifre da África. Com 48 anos, as imagens que o mundo se acostumou a receber deste lugar, principalmente nos anos 90, são cenas da guerra civil, fome e miséria. A catástrofe, dizem especialistas, é resultado de conflitos com a Etiópia e dos “senhores da guerra” patrocinados pelos EUA. Quem não leu muito jornal, mas não deixou a pipoca do cinema de lado nos últimos anos, talvez tenha assistido à versão hollywoodiana em Falcão Negro em Perigo. Na tela e na vida real, 18 soldados norte-americanos morrem na frustrada operação e os Marines se retiram. Para o Estado esfacelado, as tropas da ONU deram tchau em 1995.
Evidente que as operações da última década não eram altruístas. Tampouco a engenhosa ação preparada nos útlimos dias por marinhas de países como EUA, Alemanha, França, Grã Bretanha, Rússia e Coréia do Sul. Diante da crescente pirataria somali no Golfo de Áden, as nações estão dispostas a impedir que petroleiros dêem mais prejuízo no desvio de rota para fugir dos recentes seqüestros de navios e do superpetroleiro saudita com US$ 100 milhões em petróleo. Até a privada Blackwater, o exército mercenário que matou no Iraque, se ofereceu.
É a lógica da globalização. Se é que há lógica no mundo que paga o pato de executivo que ganha os mesmos US$ 100 milhões do petroleiro nos cinco meses antes da atual crise econômica. A lógica? A Somália ficou renegada à prórpia sorte desde sempre, destruída. Como dizem, se um país, ainda mais uma terra de ninguém, não tem nada a oferecer, ele terá o pior destino possível: não será “nem” explorado. Esquecida, ironicamente, a Somália volta em 2008 pelas mãos dos piratas.
A pirataria somali começou na década de 1990. Segundo a ONU, já são 65 navios seqüestrados neste ano. Um terço da população da Somália, 3,2 milhões de pessoas, necessitam de ajuda humanitária.
Evidente que as operações da última década não eram altruístas. Tampouco a engenhosa ação preparada nos útlimos dias por marinhas de países como EUA, Alemanha, França, Grã Bretanha, Rússia e Coréia do Sul. Diante da crescente pirataria somali no Golfo de Áden, as nações estão dispostas a impedir que petroleiros dêem mais prejuízo no desvio de rota para fugir dos recentes seqüestros de navios e do superpetroleiro saudita com US$ 100 milhões em petróleo. Até a privada Blackwater, o exército mercenário que matou no Iraque, se ofereceu.
É a lógica da globalização. Se é que há lógica no mundo que paga o pato de executivo que ganha os mesmos US$ 100 milhões do petroleiro nos cinco meses antes da atual crise econômica. A lógica? A Somália ficou renegada à prórpia sorte desde sempre, destruída. Como dizem, se um país, ainda mais uma terra de ninguém, não tem nada a oferecer, ele terá o pior destino possível: não será “nem” explorado. Esquecida, ironicamente, a Somália volta em 2008 pelas mãos dos piratas.
A pirataria somali começou na década de 1990. Segundo a ONU, já são 65 navios seqüestrados neste ano. Um terço da população da Somália, 3,2 milhões de pessoas, necessitam de ajuda humanitária.
foto: Sebastião Salgado