“Veja bem, escolho temas que me instigam e a política é um deles, até porque o bom é falar mal e na política dá pra fazer isso”, alegou Angeli. Caco Galhardo, ao seu lado, já cortou: “Ah, eu não! Quanto tempo perdi numa mesa de bar falando de política? Que função isso teve? Tá tudo uma merda, aí você desenha e o cara olha a charge e fica chapado, sacia seu desejo e pronto, acabou”.
Angeli: “Você tá em crise, né?”. Gargalhada geral.
Esse foi o espírito do encontro “Como fazer política com uma coisa chata, a política” que a revista Paiuí promoveu ontem aqui em São Paulo. Angeli, Laerte e Caco Galhardo deram e proporcionaram boas risadas ao lado do genial mediador Paulo Caruso - sim, aquele que desenha no Roda Viva.
Paulo Caruso, aliás, apenas 20 minutos após o início do debate caiu na real: “ah, agora eu entendi, estou aqui porque o Galhardo escreveu na Piauí que está de saco cheio de política”. Outra onda de risadas. E foi assim, relembrando marcos como o Chiclete com Banana, que eles abordaram a política como sempre bem fazem: com humor. Da platéia mandaram: "o que é brochante na política?". Galhardo não hesitou: "Tudo que dá certo em política é brochante. Se dá certo não dá pra falar mal".
Claro, ouvi os murmurinhos adolescentes na fila de trás: “São uns niilistas”. Baboseira. Gostei bastante do Angeli admitindo que fez Chiclete porque já sentia a deterioração da ditadura e porque sempre achou bom falar de costumes, comportamento. “O Ziraldo, o Jaguar, esses caras foram importantes no Pasquim e tal, mas antes da ditadura a matéria-prima do desenho deles era essa que eu gosto, que é o comportamento”, disse.
E foi o Angeli que me deixou emocionado ao relembrar o Henfil. “Eu e o Henfil brigamos, ele era difícil, chato. O arquivo dele era irritante. Surgia um tema, ele levantava e dizia ‘eu já tenho!’. Corria para o arquivo e voltava com a charge. Irritante”. E completou: “Há um tempo falaram sobre um tema e eu pude, enfim, dizer: ‘eu já tenho’. Senti um orgulho fudido”.
Angeli: “Você tá em crise, né?”. Gargalhada geral.
Esse foi o espírito do encontro “Como fazer política com uma coisa chata, a política” que a revista Paiuí promoveu ontem aqui em São Paulo. Angeli, Laerte e Caco Galhardo deram e proporcionaram boas risadas ao lado do genial mediador Paulo Caruso - sim, aquele que desenha no Roda Viva.
Paulo Caruso, aliás, apenas 20 minutos após o início do debate caiu na real: “ah, agora eu entendi, estou aqui porque o Galhardo escreveu na Piauí que está de saco cheio de política”. Outra onda de risadas. E foi assim, relembrando marcos como o Chiclete com Banana, que eles abordaram a política como sempre bem fazem: com humor. Da platéia mandaram: "o que é brochante na política?". Galhardo não hesitou: "Tudo que dá certo em política é brochante. Se dá certo não dá pra falar mal".
Claro, ouvi os murmurinhos adolescentes na fila de trás: “São uns niilistas”. Baboseira. Gostei bastante do Angeli admitindo que fez Chiclete porque já sentia a deterioração da ditadura e porque sempre achou bom falar de costumes, comportamento. “O Ziraldo, o Jaguar, esses caras foram importantes no Pasquim e tal, mas antes da ditadura a matéria-prima do desenho deles era essa que eu gosto, que é o comportamento”, disse.
E foi o Angeli que me deixou emocionado ao relembrar o Henfil. “Eu e o Henfil brigamos, ele era difícil, chato. O arquivo dele era irritante. Surgia um tema, ele levantava e dizia ‘eu já tenho!’. Corria para o arquivo e voltava com a charge. Irritante”. E completou: “Há um tempo falaram sobre um tema e eu pude, enfim, dizer: ‘eu já tenho’. Senti um orgulho fudido”.
"Política é uma merda!"(Caco), "Política é brochante porque quem faz política não têm tesão" (Angeli),"Eu não trabalharia na Veja. Tenho nojo da Veja. Eu abro, leio o Millôr, e só" (Laerte).
Um comentário:
Tô falando que SP é sensacional.
Vc tá morando aó?
Cara, vc mandou um textão aí saboroso, com ingredientes-fontes, digamos, que temperam de maneira genial. Obrigado pela leitura!
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